Memórias Eleitorais: O desafio da biometria em Curitiba – parte 3
A partir de ajustes pontuais no planejamento das ações, a biometria na capital paranaense toma um novo rumo
Todo bom planejamento requer análises constantes dos meios utilizados para que os objetivos esperados sejam atingidos. Quando a revisão biométrica de todo o eleitorado de Curitiba entrou, em junho de 2011, em seu terceiro mês de um total de dez meses previstos, alguns ajustes se fizeram necessários e novas ações, que se revelaram vitoriosas, foram implantadas.
O eleitorado de Curitiba, em março de 2011, era próximo de 1,3 milhões de eleitoras e eleitores. A meta era recadastrar pelo menos 80% desse total, ou seja, cerca de um milhão de pessoas. Inicialmente foi adotado um sistema que tinha o mês de nascimento como parâmetro. Assim, a partir de uma tabela, gradativamente teríamos todo o eleitorado revisado. Não funcionou.
A contínua divulgação da biometria em todos os veículos de comunicação, bem como nas redes sociais e em cartazes espalhados por escolas, igrejas, ônibus, universidades, postos de saúde, bancos, lojas e repartições públicas fizeram com que o público comparecesse em grande número, todos os dias, à Central de Atendimento ao Eleitor (CAE).
A única saída era ampliar o número de guichês de atendimento e de atendentes, bem como estender o funcionamento da CAE também aos fins de semana. Foram então contratados 200 prestadoras e prestadores de serviço temporário e montados dois novos salões para atender ao crescente afluxo do eleitorado. Duzentos e quarenta guichês passaram a funcionar de segunda a sábado e eventuais domingos e feriados.
Mas a grande virada veio com a adoção de um sistema de agendamento próprio criado pela Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal. Isso permitiu um aumento considerável na média diária de atendimentos. Foi criada então uma campanha especial para popularizar junto à população essa maneira simples e prática de atendimento.
Além dos meios convencionais de divulgação, o artista Ademir Paixão, conhecido cartunista paranaense, criou duas peças gráficas e as doou ao esforço da biometria. As mesmas foram adesivadas em um ônibus que percorreu os bairros da cidade para permitir que pessoas sem acesso à internet pudessem agendar sua ida à CAE. Essa bem-sucedida operação fez com que mais de 60% dos atendimentos diários fossem feitos através do sistema de agendamento prévio. Isso garantiu uma maior comodidade para quem se dirigia até a Central e, principalmente, para a direção da CAE, que se preparava melhor, uma vez que sabia previamente a quantidade de agendamentos feitos.
A partir daí, com a experiência adquirida nos primeiros dois meses, todas as correções necessárias foram realizadas e de junho até dezembro de 2011 exatas 827.386 pessoas revisaram biometricamente seus títulos ao longo de 189 dias. Isso representa uma média de 118.198 atendimentos por mês e 4.377 por dia. Somados aos números de março, abril e maio atingiu-se a marca de 964.414 pessoas atendidas de 28 de março até 31 de dezembro de 2011.
Quando 2012 começou restavam 20 dias até o final do prazo de revisão e apenas 35.586 eleitoras e eleitores para que a meta de um milhão fosse atingida.
Leia mais:
05.04 - Especial Memórias Eleitorais: O desafio da biometria em Curitiba – parte 1
12.04 - Memórias Eleitorais: O desafio da biometria em Curitiba – parte 2
Texto: Marden Machado
Revisão: Melissa Medroni
Arte e tratamento de imagem: Victor Borges Machado
Fotos: Acervo pessoal
Ilustrações: Ademir Paixão
Coordenação: Rubiane Barros Barbosa Kreuz
CCS/TRE-PR
Siga-nos no
Twitter
,
Instagram
,
SoundCloud
,
TikTok
e
LinkedIn
Curta nossa página oficial no Facebook
Acompanhe nossas galerias de fotos no Flickr
Inscreva-se em nosso canal no YouTube