Nesta semana, comemora-se o primeiro ano de gestão do presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Tito Campos de Paula. O ano de 2020 foi repleto de novidades e de trabalhos que aproximaram o TRE-PR de seus diversos públicos. As principais realizações da gestão do desembargador estão sendo reunidas em um relatório que será entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Mesário Voluntário

No início do calendário eleitoral, o TRE-PR lançou uma campanha para incentivar a participação dos mesários voluntários no processo eleitoral. A meta inicial, de alcançar 60 mil pessoas, foi superada, mesmo em meio à pandemia de Covid-19: mais de 90 mil voluntários inscreveram-se para trabalhar nas Eleições 2020 no Paraná.

Gralha Confere

O presidente Tito Campos de Paula lançou em 2020 a primeira agência de checagens da Justiça Eleitoral.O TRE-PR disponibilizou um canal de mensagens pelo Whatsapp para a população enviar informações suspeitas que circulam nas redes sociais. Os conteúdos selecionados foram checados e divulgados no site do Gralha Confere e nas redes sociais do Tribunal e das 47 entidades parceiras.

Em quatro meses de atividade, a Central de Combate à Desinformação do TRE-PR desmentiu 22 notícias falsas, confirmou 4 conteúdos verdadeiros e explicou 2 dúvidas de repercussão geral, em um total de 28 apurações sobre a segurança das urnas eletrônicas, o processo eleitoral e a legitimidade da Justiça Eleitoral, trabalho que mitigou o problema das fake news nas eleições paranaenses.

Universidade Amiga da Justiça Eleitoral

Para estimular a participação dos jovens no processo eleitoral, o TRE-PR lançou o projeto Universidade Amiga da Justiça Eleitoral, que ofereceu 30 e 60 horas extracurriculares aos estudantes que trabalharam no primeiro ou nos dois turnos das eleições, respectivamente.O projeto inovador foi destaque em uma matéria do jornal Folha de São Paulo. Mais de 50 universidades firmaram parceria com a Justiça Eleitoral do Paraná.

TikTok

Em outubro de 2020, foi lançado o perfil oficial do TRE-PR no TikTok. Em apenas dois meses de atividade, o perfil alcançou mais de 1 milhão de visualizações, levando mensagens e campanhas da Justiça Eleitoral para o público jovem.

Eleições 2020

No Paraná, 6.258.542 (76,77%) eleitores compareceram às urnas no primeiro turno das Eleições 2020, realizado excepcionalmente em 15 de novembro. No segundo turno, que aconteceu em 29 de novembro, apenas na cidade de Ponta Grossa, 179.956 (75,10%) eleitores votaram. O comparecimento foi considerado positivo diante do cenário de pandemia mundial. Todos os protocolos sanitários foram respeitados e não foram registradas ocorrências graves em nenhum município.

Para reforçar a prevenção de ilícitos eleitorais, o TRE-PR lançou a cartilha “Você sabia, Sabiá?”. O material foi criado pelo Laboratório de Inovação, Inteligência e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (LIODS) da Justiça Eleitoral paranaense com o apoio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e veiculado em terminais de ônibus, shoppings e aeroportos.

Curitiba foi uma das três cidades do país a participar do projeto nacional Eleições do Futuro. O evento, que aconteceu na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) no primeiro turno, promoveu a demonstração de propostas inovadoras para o sistema eletrônico de votação desenvolvidas por empresas que atenderam ao chamamento público do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Reflexões

Confira a seguir o texto escrito pelo presidente do TRE-PR, desembargador Tito Campos de Paula, sobre o primeiro ano da sua gestão:

“Na entrevista coletiva de que participávamos, no dia 31 de janeiro de 2020, véspera de nossa posse que ocorreria no dia 03 de fevereiro de 2020, ao ser indagado sobre qual seria o ponto forte de nossa gestão, respondi de pronto: vai ser uma gestão em que não vamos focar em recursos materiais, mas sim nos recursos imateriais, e o ponto forte vai ser a comunicação, o estreitamento de laços entre a Justiça Eleitoral como um todo e os diversos meios de comunicação e a sociedade.

Tomamos posse e, imediatamente, principiamos uma peregrinação em busca de estreitamento de laços com todos os meios de comunicação, fossem eles tradicionais, modernos, de grande ou de pequeno porte.

Já no mês seguinte, março de 2020, estoura em todo o mundo e chega ao Brasil a avassaladora bolha da pandemia decorrente da COVID-19. Da noite para o dia, tudo mudou e, repentina e desavisadamente, passamos a enfrentar o ano mais desafiador de nossa vida. Como realizar as eleições municipais de 2020 diante de todo aquele tsunami que se apresentava para nós?

Se nas eleições gerais de 2018 as “fake news” já tinham conturbado o processo eleitoral, imagine nas eleições municipais e ainda mais diante do quadro agravado pela pandemia?

Foi a partir desse quadro inesperado que os cérebros começaram a funcionar e entendeu-se que, naquele momento de inédita crise, os bens imateriais seriam muito mais necessários que os bens materiais.

Chegou-se à conclusão de que o melhor remédio ainda é a prevenção e, de imediato, começou a ser gestado o projeto Gralha Confere. Equipe de servidores da Justiça Eleitoral paranaense agiu treinada para dar resposta rápida, seguindo critério de checagens de agências internacionais, acrescida de um fator preponderante que não dependia apenas da vontade da Justiça Eleitoral, ou seja, a ampla divulgação, pois, de nada adianta se fazer rapidamente a checagem de uma desinformação, mas não haver rápida e ampla divulgação.

Aqui, entrou em jogo a política de estreitamento de laços com os diversos meios de comunicação, tendo sido realizado acordo de cooperação técnica com cerca de 50 entidades públicas e privadas. Com o sucesso da rápida e ampla divulgação das checagens realizadas, tendo a boa informação andado na mesma velocidade da desinformação, é possível dizer que o processo eleitoral de 2020 passou ileso dos nefastos efeitos das “fake news”.

Dentre tantos fatores que envolvem a organização de uma eleição e, como já dito, principalmente em face do ineditismo da pandemia nunca antes vivida por nossa geração, causava certa apreensão uma questão crucial. De que forma, em plena pandemia, a Justiça Eleitoral iria conseguir convencer as pessoas a trabalharem, voluntariamente, como mesárias e colaboradoras no dia das eleições?

Mais uma vez, brilhantes cérebros pensantes entraram em ação que culminou na criação do projeto Universidade Amiga da Justiça Eleitoral. Lançou-se o lema: trocar a ideia de convocação para colaborar no dia das eleições pela ideia de convicção. Aqui, mais uma vez, houve o estreitamento de laços com os diversos meios de comunicação: televisão, rádio comercial, pública e comunitária, blogs e diversas mídias sociais, abrangendo todos os cantos dos 399 municípios do Estado do Paraná. Como resultado da excelente cobertura do projeto pelos mais variados meios de comunicação, a Justiça Eleitoral do Paraná, de forma inédita, atingiu a marca de 91 mil voluntários que trabalharam no dia das eleições e, aquilo que era um grande temor, resultou em um enorme esplendor.

Agora, um ano depois do início de nossa gestão, só temos a agradecer. Agradecer pela coragem que tivemos de lutar, pois, como disse Rui Barbosa: ‘Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado’. Agradecemos porque, além de termos lutado, até o momento, podemos nos considerar mais do que vencedores.”

Desembargador Tito Campos de Paula

Presidente do TRE-PR

Leia mais:

05.02 - Os bastidores do primeiro ano da gestão do presidente Tito Campos de Paula

Texto: Laura Carlotto Borro
Foto: Arquivo
Revisão: Melissa Diniz Medroni/Beatriz Tedesco
Coordenação: Rubiane Barros Barbosa Kreuz
CCS/TRE-PR

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