Evento aborda o acolhimento e a superação da violência doméstica
Promovido pela Ouvidoria da Mulher, encontro reuniu servidoras e servidores no auditório do TRE-PR

Nesta quarta-feira (9), o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), por intermédio da Ouvidoria da Mulher, promoveu o evento “Silêncios que machucam: violência doméstica e caminhos de superação". O encontro, transmitido ao vivo pelo YouTube, foi realizado no auditório do edifício-sede, em Curitiba, com a participação de servidoras, servidores, contratadas, contratados, estagiárias e estagiários.
Na abertura, o presidente do TRE-PR, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, enfatizou que o evento trata de um tema de fundamental importância para toda a sociedade: “Muitos de nós temos irmãs e filhas, então é um assunto que nos preocupa bastante”. “No Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), onde atuo na 11ª Câmara Cível, percebemos todos os malefícios causados pela violência”, relatou.
A juíza membro da Corte do TRE-PR e ouvidora da mulher da Justiça Eleitoral do Paraná, desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, destacou a importância de buscar ajuda em casos de violência doméstica. “Eu queria falar para quem tiver nessa situação ou para quem tiver em condições de aconselhar uma pessoa que esteja nessa situação para que tente combater a vergonha. Nós não temos culpa. Eu acho que isso pode ajudar porque a vergonha às vezes inibe a procura por ajuda”, enfatizou.
Programação
A 3º sargento da Polícia Militar do Paraná Marina Luiza Monteiro, auxiliar da Coordenadoria Estadual da Patrulha Maria da Penha, apresentou o trabalho e os desafios da PMPR no combate à violência doméstica e ao feminicídio. Ela ressaltou que as as principais vítimas são mulheres de todas as raças, etnias, procedências e condições sociais. Segundo a palestrante, o crime costuma acontecer em relações conjugais e parentais, que muitas vezes já se iniciam com um convívio difícil.
A sargento explicou que existem diversos tipos de violência (física, psicológica, patrimonial, moral, sexual e virtual) e reforçou a importância de acolher, apoiar e escutar a vítima, bem como acionar ajuda quando necessário e não fazer julgamentos. Ela enfatizou ainda a importância da denúncia: “O silêncio mata”.
Na sequência, Alessandra Vidmontas explicou sobre o trabalho da organização social “Beleza Escondida”, da qual é co-fundadora. A instituição - que atua na redução da violência contra meninas e mulheres - fornece abrigo e itens de cuidado, além de proporcionar o acolhimento das vítimas e de seus filhos.
A palestrante destacou a importância da sororidade (inclusive por parte dos homens), de oferecer apoio emocional e de compartilhar informações sobre direitos e serviços de proteção e de apoio. “A inércia e a indiferença não podem acontecer”, concluiu.
Canais de denúncia e acolhimento
- Ouvidoria da Mulher do TRE-PR: enviar denúncias pelo e-mail ouvidoriadamulher@tre-pr.jus.br
- Polícia Militar do Paraná: pelo número 190 ou pelo Disque-Denúncia 180.
O 190 é o número da Polícia Militar e deve ser usado quando a vítima ou alguém que testemunhe a violência corre risco imediato, como quando há uma agressão acontecendo. O 190 aciona a polícia imediatamente para atendimento no local.
Para denúncias e informações sobre violência doméstica, o número 180 é a Central de Atendimento à Mulher, que funciona 24 horas, todos os dias da semana, de forma gratuita. O 180 oferece apoio, acolhimento e orientações, mas não aciona a polícia imediatamente. Em casos de emergência, o 190 é o número correto.
- Beleza Escondida: pelo telefone (41) 98715-2452 ou pelo site www.belezaescondida.com
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